Essa história começa a milhares de anos atrás quando um povo
impaciente, rebelde, obstinado e apressado, se torna livre para viver rumo à um
novo tempo, uma nova maneira de relacionar-se com o divino. Sim, Páscoa quer
dizer tudo isso e um pouco mais.
Há quem pense que essa data não passa apenas de um momento
da história, de um período de abstinência e reflexão; mas, acredito que esse
momento é momento anual mais importante. Importante não pelos atos que todos
passam a fazer, não pelo momento que alguns retiraram para se abster, não
porque religiosamente se torna uma data marcante no calendário.
Porém é nesta data que encontramos a resposta que tanto
procuramos na vida. Quem realmente me ama como eu sou?
Foram nestes 3 dias sexta, sábado e domingo que essa
pergunta foi respondida da melhor forma possível, não por palavras de
convencimento, ou por barganha de merecimento, mas por Graça, por vontade do
próprio Deus de demonstrar-nos seu amor incondicional.
Esses dias retratam o Deus que deixou o céu e veio habitar
entre nós, mas não veio como um espião, ou agente secreto, veio como homem, se
mostrou, amando, curando, aceitando, enviando, restaurando e humanizando a
pessoa de Deus, esse Deus – Cristo Jesus, agora é homem, comendo, bebendo,
dormindo, caminhando, levando por seus 33 anos de existência um amor jamais
visto pelo povo que outrora era exclusivo seu.
Veio para todos aqueles que eram impacientes, rebeldes,
obstinados e apressados, alguns o fizeram Senhor e Salvador, outros o
consideraram apenas mais um a passar por ali.
Mas a verdade de quem Ele era e o que realmente veio fazer
deu-se nos dias que estamos prestes a celebrar.
Sexta-feira alta madrugada, Jesus é preso, não por ser um
criminoso, mas porque não aceitavam um ser tão amoroso no meio deles, Ele não
resistiu a prisão, na verdade quando se aproximaram, Ele se entregou. Foi
levado como criminoso, apanhando e sendo humilhado, homem de dores Ele foi.
Pela manhã levaram à pessoas que poderiam julgá-lo, e na verdade crime algum
encontraram Nele. Decidiram protelar sua dor, fazendo-o sofrer apanhando de
soldados romanos, então naquele grande dia um dos prisioneiros receberia a
liberdade e anulação de sua sentença; mas não foi o caso Dele, Jesus a pedido
do povo foi levado à cruz, morreu. Não por ser criminoso, mas por amor, por
amor a nós humanidade impaciente, rebelde, obstinada e apressada. Sim, foi por
todos que Ele foi até o fim.
Domingo de Páscoa – Que amor, que amor, que amor! Repito
tantas vezes isso que, parece que nada tenho para falar, mas não consigo falar
do domingo de Páscoa sem usar essa expressão. Jesus havia morrido na sexta, foi
duramente castigado e crucificado, padeceu em nossa lugar. Porém domingo não é
mais de tristeza, de pranto ou de dor para aqueles que Nele colocaram sua
esperança, Ele havia dito que voltaria, Ele disse que estaria com os seus, Ele
era Emanuel – Deus conosco, mas havia morrido...É, Ele morreu sim, mas domingo
Ele ressuscitou, Ele voltou a viver para nos mostrar que sua paixão não foi
apenas por um dia, mas que seria por toda a eternidade. Ele nos ama
incondicionalmente, nos perdoou eternamente, nos fez filhos de Deus, nos fez
seus irmãos, nos fez entender que Deus estava através Dele dando-nos nova vida,
novo momento e novo lugar.
Por isso, nesta simplicidade textual digo à você leitor, não
faça deste momento nada aquém e além do que o seu momento de liberdade, seu
momento de relacionar-se com Deus, seu momento de ver em Cristo a resposta de
amor mais pura e simples por você.
Páscoa – momento de Deus demonstrar seu eterno amor por nós
através de Cristo Jesus.
Rafa Elian, pastor e aspirante à conhecer Deus.