O que vejo...( parte 2 )

Inicio essa segunda parte como os mesmos dizeres do texto anterior, lembrando que o mesmo não tem por objetivo ser algo direcionado para ofender, desqualificar ou me superiorizar ante a alguém ou uma instituição religiosa. Até porque venho aprendendo e crescendo, e já fiz uso de muitos conceitos como esses, foi quando então decidir estudar e revê-los.

" Há quem possa dizer que as minhas palavras descritas aqui neste blog , muitas vezes podem não ajudar tanto quanto é o desejo do meu coração ao escrevê-las, porém a cada vez que me pego parado pensando nisso, descubro que muitas vezes por mais excelente que seja um texto ou o seu escritor, apenas quem lê poderá colocar sobre o texto a sua interpretação."

Vamos lá...

O que tenho visto é que a TERRENIDADE tem sido mais valorizada que a ETERNIDADE:

As palavras que se ouvem não são as que movem seres humanos à busca da eternidade, mas sim ao uso e desuso da vida tão curta que teremos nesta Terra. Sei que apesar dos nossos "muitos" 70,80,90 e até 100 anos vividos nesta Terra  todos eles não passam de gotas se comparadas a eternidade, sendo ela um enorme oceano por nós seres vivos ainda não explorado.
A verdade é que sabemos muito pouco sobre a eternidade, a verdade é que temos muitos símbolos escritos e registrados no Livro, e então a partir dai anunciam-se coisas vindouras porém há muito tempo não se sente mais aquela vontade de "conhecer" e "estar" na eternidade.
Digo isso pelas palavras que se ouvem, ou melhor, que ouvimos. Ouvimos sobre ruas de ouro, ouvimos sobre não termos mais dor, não termos mais contas à pagar, ouvimos sobre tudo que lá poderá ter, mas há muito tempo não ouvimos sobre quem está lá, não ouvimos sobre como iremos o ver face-a-face e poder desfrutar de algo mais "palpável" acerca de tudo que Ele é.
As palavras que se ouvem dizem muito sobre o conquistar e "ter" aqui, mas pouco se falam sobre o ser e viver por lá, por isso temos muitos que hoje professam Deus mas quando dizemos que quão bom seria já estarmos com Ele, a resposta que se ouvem são de : - não, agora não, daqui alguns anos sim, quando eu tiver minha casa, minha família ,meu carro e ter viajado para conhecer esse mundão de Deus...
Como tenho dito e volto a dizer, viver tudo isso aqui na Terra não é nada de errado e nem pecado, mas o X da questão é que estamos sendo levados a pensar mais aqui do que lá, sendo que a eternidade será nosso maior tempo 'vivido' , seja ela onde for.
Essa terrenidade anunciada causa nas pessoas desejos terrenos, mas são cobradas destas mesmas pessoas que "preguem" e "anunciem" as boas novas do Reino. Mas aqui cabe uma simples pergunta: - como poderão "pregar" ou anunciar algo sobre a eternidade, se elas, as pessoas não as ouvem? Como poderão falar e até mesmo demonstrar através de um olhar que existe uma vida após o fim desta aqui?
Este texto é erguido em meu peito, juntamente com uma vontade grande de dizer as pessoas perto de mim que elas devem viver ao máximo tudo que puderem aqui nesta Terra, mas devem-se se lembrar que o máximo aqui, talvez não se compare ao que será o mínimo de lá. Portanto, o conselho de hoje é:
" Se viver, não morra por viver, e vivendo não fique sem saber que o verdadeiro viver começa quando morrer".

O que vejo... ( parte 1 )

Há quem possa dizer que as minhas palavras descritas aqui neste blog , muitas vezes podem não ajudar tanto quanto é o desejo do meu coração ao escrevê-las, porém a cada vez que me pego parado pensando nisso, descubro que muitas vezes por mais excelente que seja um texto ou o seu escritor, apenas quem lê poderá colocar sobre o texto a sua interpretação.
Me recordo de uma certa vez que ouvi alguém dizer que certa vez perguntaram a Drummond o que ele quis dizer com a primeira parte do seu poema No meio do caminho? Afinal este havia sido tema de várias provas e debates de interpretação.(segue o trecho abaixo)
No meio do caminho tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
Tinha uma pedra
No meio do caminho tinha uma pedra.
Então Drummond sorriu e disse, eu disse o que está escrito, ou seja, no meio do caminho tinha uma pedra, tinha uma pedra....

Depois dessa pequena-longa introdução textual gostaria de colocar o que vejo por ai no "mundo gospel". Porém, não escrevo e jamais escreverei algo direcionado para ofender, desqualificar ou me superiorizar ante a alguém ou uma instituição religiosa. Até porque venho aprendendo e crescendo, e já fiz uso de muitos conceitos como esses, foi quando então decidir estudar e revê-los.

Vamos lá...

O que tenho visto é que tem valido mais o TER do que o SER:

Os sermões anunciados sempre enfatizam o você SER próspero, mas sempre recheado e coberto com frases como: - quando você TEM você pode DAR mais, - Isso representa Deus... ou então quando vêm de frases mais robustas dizendo: - SER próspero é um direito seu em Cristo Jesus. 
Bom, não consigo imaginar Jesus decidindo vir a Terra para morrer e pensando - é Pai vou lá para eles se tornarem prósperos. Mas sim O vejo dizendo : vou lá Pai para eles SE tornarem FILHOS Seu.
Sei que muitos farão uso do texto do apóstolo Paulo mencionando II Co 8:9; Porém o que vejo, é que a riqueza aqui está ligada ao ter condições de continuar contribuindo e não apenas de ter, ter e ter. E mesmo que alguns digam : - só pode dar quem tem, e concordar em partes com isso, e é somente em partes, porque certa viúva não tinha ou melhor, pouco tinha, mas o que teve atraiu mais a atenção do mestre do que as grandes quantias ali depositadas. Então,dar faz mais parte do SER doador do que TER muito para dar mais. Por isso o TER não deveria ser tão enfatizado quanto PRECISAMOS enfatizar o SER. 
Logo o ter dinheiro, ter bens e viajar não são pecados ou erros, mas também não são os objetivos da morte e ressurreição de Cristo. Ele veio para nos tornar (sermos) filhos, herdeiros, sim eu sei, mas não para TER e sim para SER herdeiro de uma nova terra e um novo céu, SER herdeiro para reinar em vida, ou seja, ainda que tenha ou não tenha SOU um rei por herança, sabendo que, com ou sem riquezas minha posição de filho é imutável aos olhos do PAI.
Então carinhosamente digo à vocês leitores que a ênfase de Cristo está no SER e não no TER, afinal não precisaríamos de alguém morrer uma morte tão terrível e sofredora simplesmente para nos dar mais riquezas, estas que podem vir com trabalho e empenho, estes provenientes da vida do SER humano.

Use seu melhor aplicativo...

"Enfrentamos um conflito diário todos os dias em nossa mente, dai quando chegamos no lugar onde deveríamos receber algo que a levasse para Deus, somos levados à uma nova guerra, a guerra do merecimento"

Rafael Elian

Dia após dia sou levado a refletir se deveria ou não escrever algumas coisas no meu blog, até porque sou apenas uma gota no oceano chamado mundo evangélico brasileiro. E por isso tantas vezes poupo palavras e expressões para não ferir você querido leitor deste blog, afinal procuro não cair no erro que tanto tenho me atentado, o erro de manipular a mente dos meus ouvintes e/ou leitores.

Hoje a proposta do título arremete ao pensamento de que mesmo no mundo "high-tech" de hoje devemos usar o melhor e mais complexo aplicativo que já temos, o nosso cérebro.

As vezes penso que as pessoas zombam umas das outras através de suas plataformas e/ou microfones musicais gospel, pois usam palavras e ou expressões para manipular SUA forma de pensar a cerca de Deus e sua maneira de nos abençoar.

A verdade é simples para o que quero dizer hoje, quero que você meu querido ao invés de "engolir" qualquer coisa dita ou cantada, faça uso do seu aplicativo ai, use-o para assimilar o que está escrito com o que está sendo falado, procure analisar o texto dentro do seu contexto, não caia na armadilha de frases de efeito, não dê o famoso Glória à Deus se realmente aquilo não estiver levando a Glória para Deus. 

Tenho me sentido péssimo ao ver pessoas "inocentes" no pensar cristão, sendo levados a pensar sobre coisas que Deus jamais quis dizer, pessoas que são levadas semanas após semanas a buscarem a Deus pela culpa, medo ou ganância. 

Sabe querido leitor, Deus não quer um relacionamento por nenhuma dessas coisas supracitadas por mim. Portanto ao invés de ser levado a uma fé "burra" ou melhor dizendo, uma fé ignorante, procure melhor ouvir e seja prudente no concordar, afinal nem todos que dizem SENHOR , SENHOR, têm intimidade com o Pai.